Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

Textos

MAÇONARIA - 097 - GRAU DE ARCO REAL
GRAU DE ARCO REAL


O Arco Real é um grau em vários ritos da maçonaria, muitos desconhecem que ele faz parte do rito Escocês Antigo e Aceito, é o grau treze, intitulado de Santo Arco Real, no Rito Azul, também chamado de York é intitulado de Arco Real e o corpo do qual ele faz parte, dando-lhe o nome do Capítulo Arco Real. Como já foi dito, ele está em quase todos os ritos, fazendo parte de suas respectivas escalas de graus.
O Grau de Mestre Instalado está inserido no Capítulo do Arco Real, com a denominação: Past-Master, sendo que, a mesma ritualística, sinais, toques, palavras, lenda, etc, é utilizadas para se fazer a Instalação de Veneráveis.
Maçons menos esclarecidos, falam que o Mestre Instalado não é grau, não posso entender como o que seja grau em determinado corpo maçônico e não possa ser em outro.
“Por séculos, os hebreus foram proibidos de pronunciar o nome sagrado de Deus, considerado mágico, sagrado, e onde se encontrava o Seu Nome, liam apenas “Adonai” (Senhor). O conhecimento da verdadeira pronúncia foi impedido a pessoas comuns, e foi dado a uma minoria privilegiada, que passariam a ter poderes sobrenaturais.
A concepção da Divindade variava de acordo com a capacidade intelectual, entre os ignorantes, era revestido dos atributos inferiores da humanidade, entre os de espírito intelectual, ele era um ser puro e santo.
O Real Arco dissipa as nuvens escuras e névoas até então veladas, a mistérios sagrados. A alegoria da Palavra Perdida e outras verdades esotéricas são explicadas.
O verdadeiro conhecimento da única e Suprema Divindade é dado. O glorioso amanhecer ilumina o oriente e a Luz entra em locais ocultos e escuros. Então, o Arco Real do Templo Sagrado da Liberdade é revelado. Não é suficiente que as pessoas ganhem Liberdade, que deve ser mantida, e não confiá-la ao prazer de um homem. A pedra angular do Arco Real é fundamental para firmar as outras pedras.”
Alguém perguntou certa vez. O que faz uma grande nação? É um grande número de pessoas? Não. Caso contrário a China seria sempre uma nação superior. É uma grande riqueza? Não. A nação norte-americana foi nos primórdios, insignificante e pobre. São proezas militares? Não. Roma teria continuado a ser a mais poderosa da terra. É o gênio intelectual? Não. Caso contrário a Grécia teria permanecido como a mais poderosa.
Os EUA subiram às alturas, porque os homens que o formaram e moldaram o seu governo possuíam a maior coisa que move a humanidade – O espírito que liberta os homens. Platão colocou em palavras o que é liberdade. Ele disse. “A liberdade não é uma mera questão de leis e constituições. Somente é livre que compreende a ordem divina dentro de si, a verdadeira norma pela qual o homem pode dirigir a si mesmo.”
Finalmente percebemos que a mera posse de uma palavra não pode conferir poderes sobrenaturais.
O rei Canuto, príncipe dinamarquês da Inglaterra de outrora, ensinou esta lição aos seus seguidores que achavam que ele possuía tais poderes. Ele visitou o litoral e postou-se em uma cadeira na areia da praia em frente à maré e perguntou. Vocês acham que a maré vai obedecer-me se eu disser para parar? Eles disseram que sim. Então ele ordenou repetidamente. Deter a maré. Mas, esta chegou cada vez mais perto, até se quebrar em uma enorme vaga, molhando a comitiva real inteira. Todos recuaram com desânimo.
Hoje em Southampton, uma mesa de bronze é uma testemunha silenciosa desse evento, dizendo: “Neste Ponto, no ano de 1032, o rei Canuto repreendeu seus cortesãos.”
Assim, ele mostrou que os homens não devem adorar outros seres humanos, em vez disso devemos procurar o verdadeiro poder que está além do humano.
É no Arco Real que se encontra a palavra supostamente perdida, que se encontra gravada em um triângulo enterrado na nona abóbada abaixo do solo, em alguns ritos não se explica como o triângulo foi escondido em tal lugar.
Segundo a Lenda de Enoque, ele teve um sonho e foi informado sobre o verdadeiro Nome de Deus, sendo-lhe proibido de divulgá-lo. No sonho ele tomou conhecimento do castigo que seria imposto à humanidade, pelos pecados cometidos, o dilúvio.
Para que não se perdesse durante o dilúvio, o nome Inefável de Deus, ele o gravou em uma pedra triangular, pois, sobre a face da terra, só ele sabia a verdadeira pronúncia do Nome da Divindade.
Com o intuito de preservar o conhecimento das ciências e artes das civilizações da época, ele gravou em duas colunas, uma de bronze e outra de mármore, vários textos, para que, não se perdesse tal conhecimento. Na coluna de Bronze gravou também o Nome Inefável, e na coluna de mármore a sua verdadeira pronúncia.
Foi construído um subterrâneo com nove abóbadas, tendo depositado nesta última, o Delta luminoso com o Nome Inefável de Deus.  
Acima das nove abóbadas, fechadas hermeticamente, Enoque erigiu um Templo.
Após o dilúvio, por estarem dentro da Arca construída por Noé, somente ele e sua família foram salvos, tendo se perdido o conhecimento de todas as ciências. Das colunas gravadas por Enoque, somente a de bronze não foi destruída, nela estava gravado o Verdadeiro Nome de Deus, mas, a sua pronúncia foi perdida com a destruição da coluna de mármore.
Por isso, se fala: Palavra perdida.
Poucos profetas e homens tiveram a honra de obter através de Deus, a verdadeira pronúncia de Seu nome, entre eles: Moisés, Samuel, Rei Davi e rei Salomão. Moisés recebeu a revelação no Monte Sinai, com a mesma proibição de divulgá-lo, tendo autorização para ensiná-lo apenas para seu irmão Aarão, que seria o maior sacerdote Hebreu. Moisés gravou em uma medalha de ouro o Nome e a pronúncia correta e guardou com outros objetos na Arca da Aliança.
O Nome só era pronunciado pelo Sumo Sacerdote dentro do “Sanctum Sanctorum”, e o povo deveria fazer barulho para não ouvir a sua pronúncia.   A Arca da Aliança foi perdida em uma batalha contra os Sírios, tendo sido guardada por leões e recuperada posteriormente, e perdida novamente em batalha contra os filisteus, que fundiram a medalha com o Nome Inefável.
Na construção do Templo de Salomão, foram nomeados três intendentes, Adoniran, Stolkin e Joaben, para fazerem os levantamentos do local apropriado. Inconscientemente foi escolhido o local em que encontraram as ruínas do antigo Templo de Enoque. Descobriram os sucessivos alçapões das abóbadas, descendo em cada uma delas presos por cordas, encontrando o Delta Luminoso com o Nome Inefável, que não souberam decifrar, levaram-no, então, até a presença do Rei Salomão, que imediatamente reconheceu o Nome ali gravado.
Salomão, em homenagem ao trabalho executado, e a recuperação da pronúncia do Nome Inefável, lhes conferiu o título de nobreza e da ordem do Arco Real, sendo os seus primeiros integrantes: Salomão rei de Israel, Hiran rei de Tiro, Adoniram, Stolkin e Joaben.  
A ritualística do grau refaz simbolicamente o encontro da Palavra Perdida, a busca pela Palavra e pela Luz é de cunho pessoal, ela é interna, cada um faz dentro de seu próprio templo.
Quando fazemos brilhar esta Luz, obtemos o poder de ministrar sacramentos, só então, podemos fazer sagração, só então poderemos ser Instalados no Trono de Salomão.
No Rito Escocês Antigo e Aceito, os graus treze (Santo Arco Real) e quatorze (Perfeito e Sublime Maçom), e no Rito Azul, York (O Past-Master e o Arco Real), são complementares.
O Mestre Instalado que não procura o aperfeiçoamento através da evolução nos diversos graus, que desconhece a Lenda de Enoque, jamais conhecerá a plenitude do grau, por isso, muitos acreditam que o Mestre Instalado não é um grau, que é só uma complementação do grau de Mestre, quando na verdade é um grau.

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Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 15/12/2010
Alterado em 12/09/2013


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