Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

Textos

MAÇONARIA - 054 - ORIGENS INICIÁTICAS 7.11 - A GRÉCIA - PITÁGORAS - 5ª PARTE - VERSOS ÁUREOS
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

7.11
A GRÉCIA

PITÁGORAS – 5ª PARTE
VERSOS ÁUREOS

CRIAR UM JUIZO SÃO E FIRME – Toma cuidado sempre de observar o que eu te vou dizer. Não te deixes levar sem reflexão pelas palavras e os atos de outrem. Fala e age somente quando a tua razão te indicar o partido mais sábio. A deliberação obrigatória antes da ação evitará assim os atos desordenados. O que torna o homem infeliz, é falar e agir sem regra nem medida.

Maravilhosos conselhos para a luta contra as nossas impulsividades. O primeiro movimento, seja qual for, pode ser considerado como uma indicação intuitiva, mas não deve ser seguido.
Nada mais perigoso do que o arrebatamento; leva-nos a cometer, algumas vezes, ações simplesmente censuráveis, outras vezes culpáveis, porque não temos tempo para discernir e pesar pró e contra.
Os discípulos de Pitágoras, deviam ao hábito do silencio, um domínio próprio que os auxiliava poderosamente a realizar esta parte das ordens do Mestre.
Antes de pronunciar qualquer palavra, antes de fazer qualquer gesto, o iniciado deve deixar o sangue acalmar os seus surtos, deve dar à razão um pleno império sobre todos os sentimentos e todas as sensações. Isso não se observa quando, sem escutar a voz interna, o homem toma geralmente uma decisão, pronuncia uma palavra ou comete um ato.
O pitagoriano, tinha por dever ser escravo de sua palavra; por isso, não lhe era permitido dá-la a esmo; assim é que se praticam inúmeros erros.
É uma disciplina excelente pensar muito tempo, não somente antes de agir, mas ainda de falar, pois que a palavra vale a ação.

SER PREVIDENTE – Para cada uma das tuas decisões, prevê bem as conseqüências mais remotas, de maneira que não te arrependas nunca.

Ainda um conselho de uma alta conduta filosófica e prática.
Aquele que não age por um entusiasmo imprudente, dá-se ao trabalho de ver quais serão as conseqüências da ação que ele quer empreender.
É um preceito um preceito que tem sido bastante desprezado. Apenas se entrevem as conseqüências imediatas de um ato, mas as conseqüências longínquas escapam-nos geralmente. Entretanto, podemos observar que elas tomam larga parte da responsabilidade que nos será tomada em conta na hora terrível dos julgamentos sem apelo.
Isso é o conselho do iniciado, mas, na vida material, é preciso ver longe os bons e maus lados de uma empresa, não somente no presente, como em um futuro longínquo. É prevendo o pior que se pode escolher o melhor; porque se observa todo o lado mau de uma coisa, que apresenta necessariamente lados bons, e que se toma o tempo de ver o que é a inquietação antes de ir às vãs esperanças.

SER MODESTO – Não tenhas a pretensão de realizar o que realmente ignoras. Aproveita, ao contrário, todas as ocasiões para te instruíres. Chegarás assim, a uma vida altamente agradável.

Conselho sempre útil é o da simples humildade.
Quanto mais o sábio avança em conhecimento, mais se descobre diante dele, o vasto campo inexplorado, que lhe pedirá muitos esforços.
À medida que se eleva, o panorama se amplia. O menino que não viu senão o seu pequeno jardim, crê que ele é infinito. Aquele que sobe à colina, acha o universo imenso. As asas do espírito, vão mais além do que as asas de qualquer pássaro.
Aquele que procura ver as coisas no seu vasto conjunto, sente-se uma ínfima célula no vasto universo. Seu orgulho, se o tiver, desaparece neste momento. Sua alegria não pode vir mais senão do estudo; todo o dia mergulha-se em uma meditação profunda; o prazer constante e indispensável que ele sente, é a mais alta alegria que este mundo pode dar.

b) A CULTURA CORPORAL – Seguir um regime puro e fisiológico – Fazer exercício.  É preciso igualmente velar pela boa saúde do corpo. Toma cuidado com a medida dos alimentos que te são necessários. Tua justa medida será a que te impedirá de amolecer o teu caráter. Também deverás habituar-te a um regime puro e severo.

O que ressalta desta parte do ensinamento pitagórico, é a necessidade de um corpo são, para continuar em paz as pesquisas do espírito.
A vida do Sábio, não deve ser uma série de festins; não deve perder, comendo e digerindo os alimentos mais delicados, toda a energia que lhe foi confiada para mais nobres e úteis fins.
É necessário ao homem alimentar-se, mas convém que ele o faça para a sua saúde. Esta alimentação era severamente medida.
Em primeiro lugar, Pitágoras proibia formalmente toda nutrição de carne.
A água, era a única bebida! É verdade que é a melhor, e mesmo a que a própria Natureza nos destina, pois, que todas as bebidas fermentadas são o produto da indústria humana.
A água, que nos nivela aos animais e às plantas, é a única bebida que deveríamos usar.
Bem longe de debilitar, como se crê muitas vezes, ela dá forças corporais e um excelente equilíbrio físico. Quem bebe água, experimenta harmonioso equilíbrio em todo o seu ser, e saboreia uma paz que os febris bebedores de vinho não conhecem.

SER RESERVADO – Caminha sem ostentação, para evitares atrair a incompreensão odiosa dos invejosos e ignorantes.

O Sábio tem de viver afastado. Pratica as quatro palavras que nos foram dadas como a chave de toda iniciação, mas o que melhor convém é: Calar-se. Ele sabe que, de um modo geral, a multidão está fora do estado de o compreender. Não a odeia nem despreza. Aqueles que compõem a multidão estão no seu caminho, na senda que conduz a Deus. Mas, o Sábio, tem ocupações mais urgentes do que dar conselhos e exemplos que não seriam seguidos.
A opinião do vulgo não lhe preocupa; não tem linguagem comum com ele e os dois falariam em vão, sem se compreenderem.
O Sábio não fala àqueles que podem auxiliar a sua evolução ou àqueles que lhe podem oferecer apoio. Cada um tem estados a vencer. Aquele que sabe, não pode recusar um bom conselho, ou melhor, um bom aviso, ao que pede.
Ele pode e deve por no caminho aquele que tem já a inquietação de seguir um caminho seguro. Mas uma lei absoluta, é que cada um evolve por si mesmo, e aquele que tem a sua evolução a fazer não deve esquece-la na preocupação, muitas vezes, orgulhosa de fazer adiantar os demais.

SER PONDERADO – Não faças como as pessoas sem juízo, que gastem além de suas necessidades, ou ainda, que se entregam à avareza, mas, aprende a guardar em tudo o meio termo. Não faças coisa alguma que te prejudique e, por isso, raciocina bem, antes de agires.

Aquele que tende a uma evolução superior, não deve ter apego ao dinheiro como o avaro, nem criar dificuldades materiais que serão um entrave para os seus trabalhos.
O Sábio não deve procurar ofuscar por seu fausto; deve ser comedido, porque as suas necessidades são limitadas pelo estado de espírito que o guia.
Não tende mais para estas miragens, e alegrias enganadoras que arrastam os tolos a despesas abusivas.
Sua felicidade não está no luxo nem nos festins. Os prazeres que lhe são doces, são aqueles que não se compram com dinheiro.
Não procura senão as coisas eternas, e estas não dão inquietações nem desilusões.
E temos sempre a necessidade de refletir antes de agir, qualquer que seja a ação, e mesmo aquela que aparentemente mostra não ter nenhuma importância.
É de uma excelente ascese submeter o inconsciente ao espírito, de maneira mais completa, e quanto mais submetemos nossas impulsividades, mais caminharemos com calma na senda da evolução.
Passado o estado de purificação, resta o estado de perfeição. Eis aqui os conselhos do Mestre.
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Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 03/12/2008
Alterado em 23/11/2010


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