Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

Textos

MAÇONARIA - 052 - ORIGENS INICIÁTICAS 7.9 - A GRÉCIA - PITÁGORAS - 3ª PARTE - VERSOS ÁUREOS
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

7.9
A GRÉCIA
PITÁGORAS - 3ª PARTE

VERSOS ÁUREOS
PURIFICAÇÃO

O CULTO DA FAMÍLIA – Amar a seus pais – Cumpre bem os teus deveres de respeito para com teu pai, tua mãe e todos os teus parentes.
Para preencher estes deveres tão caros ao coração de todo homem de bem, é necessário que o adepto desenvolva em si os sentimentos afetivos, que sinta profundamente o reconhecimento que devemos a todos aqueles que nos deram a vida e cujos cuidados nos conservaram durante os débeis anos de nossa vida.
Aquele que caminha em uma boa estrada, deve criar e manter a harmonia da família, a fim de que a terna atmosfera que deve reinar não seja perturbada. Aquele que realiza esta doçura íntima em torno do lar, pode atingir logo às harmonias superiores, porque começou a realizar no domínio que lhe era submetido.
O laço que está criado ao redor do lar, deve chegar até Deus, origem e fim de toda a harmonia.
É nesta harmonia superior, que se devem contrair as mais doces amizades e, alargando sem cessar as fronteiras de seu coração, aquele que ama os seus amigos, chega a prezar em todo o ser, a sua parte afetiva, a sofrer em tudo o que geme, a participar das exaltações em tudo o que vibra.
O adepto deve amar tufo; sentir profundamente a dor, qualquer que ela seja, e mesmo no misterioso animal que é o enigma para o homem.
O coração do iniciado deve abrir-se à Natureza inteira; porém, para amar a Natureza, não basta sentir-se transportado por sua beleza em certos lugares, em certas horas, é preciso ser comovido pelo trabalho e o sofrimento, que são todos os graus da escala dos seres, mesmo daqueles que nos parecem insensíveis.
“Um espírito puro cresce sob o malho das pedras” – diz Gerard de Nerval, em um dos seus poemas, onde comenta esta parte especial dos Versos Áureos, que tanto apaixonaram os sábios.
Encontramos aí, uma das mais belas formas existentes deste amor universal, que deveria unir todos os seres, criando uma harmonia que, se fosse realizada, conduziria um auxílio poderoso à evolução, não somente de cada homem, porém, ainda, da humanidade e do mundo.    
Mas não é preciso limitar-se a uma ternura vaga para criaturas muita distantes, para pedir um efeito direto de nossa parte.
Certamente, o homem deve amar a família e expandir o seu coração na imortalidade da Natureza, mas deve escolher amigos e ama-los com devotamento.
            O CULTO DA AMIZADE – Amar aos seus semelhantes – Escolhe para teu amigo o homem melhor e mais virtuoso. Obedece aos seus doces conselhos e segue o seu exemplo salutar. Esforça-te para não te afastares dele por um erro mesmo leve, na medida do possível, pois a Vontade está ao lado do Destino como poder diretor da nossa evolução.
            Vemos por este que, segundo o ensinamento de Pitágoras, é preciso ampliar o círculo da família, mas antes de se contrair um amigo, aquele que quer uma afeição durável, deve começar por escolher com muito cuidado este amigo, ao qual ele se decide a confiar. Não é preciso ceder a uma impulsividade, mãe da desilusão; é preciso perguntar se é preciso achar um amigo seguro no companheiro adotado. Para chegar a esta alegria, não é preciso consultar nem egoísmo nem interesse, nem procurar  qualidades e virtudes que nos torne aproveitável, sob o ponto de vista de nosso aperfeiçoamento, a assistência do ser escolhido.
            Existe apenas a necessidade de sublimar a importância de nossos amigos sobre o nosso espírito, especialmente na mocidade. Vimos, todos, exemplos deploráveis de seres encantadores perdidos, por seus erros, por sua fraqueza para com os seus amigos indignos.
É preciso eleger um amigo de sólidas virtudes, de uma retidão a toda prova, de um julgamento que nos possa servir de guia nas nossas incertezas.
            É preciso escutar o conselho da amizade; se o conselho de nosso amigo nos irrita no momento em que não podemos duvidar da sua sinceridade, é que estamos percorrendo um caminho errado e que nos desviamos para um caminho agradável, porém perigoso. É preciso aceitar a reprimenda de um amigo prudente, refletindo no perigo que ele nos mostra; devemos, muitas vezes, a um amigo fiel a nossa salvação, sendo que a nossa amizade aumentará por esse novo serviço que nos desgostava primeiramente, porque a nossa tendência preferia que nos lisonjeassem em vez de nos servirem.
            Há dois fatores na vida; certamente o Destino é poderoso, mas, a vontade é também uma fonte diretora e ela é capaz de modificar o que o Destino nos anuncia como ciladas e entraves.
É necessário, pois, fazer a educação de sua vontade e rodear de sua amizade daqueles que, nos momentos em que o espírito se obscurece pela paixão, a dor ou a cólera, nos traz a sua clarividência como um farol no meio dos recifes.
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Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 30/11/2008
Alterado em 23/11/2010


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