Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

Textos

MAÇONARIA - 035 - ORIGENS INICIÁTICAS 4 - A ÍNDIA BRAMÂNICA
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

4
A ÍNDIA BRAMÂNICA

A lei das castas dá a Índia uma feição particular. Ela não tem perdido rigor, estabelece a hierarquia cujas barreiras são praticamente intransponíveis. Não se permite que se saia de uma casta, quem sai por um motivo qualquer, vem a ser sem casta.
A origem das castas, baseada sobre  uma visão das reencarnações, é expressa por esta imagem onde Brama as tirou de partes de seu corpo.
A primeira casta se origina da cabeça de Brama, é a dos Brâmanes, dos Sacerdotes e dos Iniciados. O Brâmane ensina a doutrina, entregam-se à meditação que lhe abre a senda perfeita. É o iniciado, o Mestre.
A segunda casta se origina dos braços de Brama, é a dos Kshatriya ou o guerreiro. É o príncipe, que não conhece outros trabalhos senão os da guerra. É o único a correr o risco da batalha, mas também o que possui todas as honras mundanas e vantagens materiais.
A terceira casta, se origina das coxas de Brama, é a dos Vaiçyas, são os trabalhadores cujo prêmio é o de terem todos os títulos, são os mercadores e os trabalhadores ricos.
A quarta casta se origina dos pés de Brama, é a dos Çudras(sudras), eles constituem a multidão, os criados, os pequenos cultivadores e pequenos comerciantes.
Não existe nem uma penetração de casta em casta; os próprios deuses são diversos.
Não basta nascer Brâmane, é preciso cumprir os trabalhos que conduzem à iniciação.
O Brâmane começa o seu aprendizado aos 7 anos, como criado do seu mestre.
A segunda etapa é a constituição de uma família, casa-se, cria e ensina os filhos.
A terceira etapa, é quando renuncia aos prazeres mundanos, absorve-se na idéia de Deus.
A Quarta etapa, torna-se um anacoreta, deixando à mulher o direito de segui-lo ou de ficar em casa com seus filhos. Passa a viver em meditação, a caridade e a piedade do povo provêm as suas mínimas necessidades. Torna-se um “dwija” ou duas vezes nascido; nascido Para a vida espiritual e sua força psíquica, sabiamente concentrada e dirigida, dá-lhe os supremos poderes. Este é o lado exotérico. Mas o Bramanismo não se contentaria com horizontes tão vagos e estritos.
Um grande e poderoso esoterismo acha-se dissimulado no Mânava Dharma Sastra (as Leis de Manú), é o legislador primordial, a quem são atribuídos os dados absolutos do direito indú até nossos dias.
As leis de Manú dizem “este livro deve ser estudado com perseverança por todo Brâmane instruído e ser explicado por ele aos seus discípulos, porém nunca por outro homem de uma casta inferior”.
É o governo teocrático; o rei não sabe da Lei senão o que o Brâmane entende que lhe deve dizer.
A lei de Manú prega uma alta moral; o conhecimento dos “Sastras” (livros sagrados), é uma das dez virtudes em que consiste o dever. (VI, 92).
O Brâmane não se espanta com a morte, a considera como uma nova vida, um novo nascimento.
A submissão do discípulo ao mestre é inteira e sem variantes. Ao noviço não é permitido dirigir a palavra a seu mestre senão com o consentimento deste.
O conhecimento do Brâmane não é estéril, pois lhe mostrará que Deus está presente em sua alma, assim como está presente em todas as coisas, e aqui está como conclui este livro sagrado onde se encontram formulados a mais alta afeição e o mais alto pensamento das raças arianas.
Assim o homem que reconheceu, na sua própria alma, a Alma Suprema, presente em todas as criaturas, mostra-se o mesmo em presença de todos e obtém a sorte mais feliz daquele ser que está enfim, absorvido em Brama (XII, 125).
Os Upanishads (oculto, secreto), muito sensivelmente menos antigos que os Vedas, revelam-nos mais diretamente o Bramanismo. Mostra que a iniciação é longa e penosa. Que o fim da vida é a libertação, é a procura da paz é diluir-se em Deus.
O Brâmane que segue o caminho do conhecimento deve instruir-se para adquirir o conhecimento do Universo, ele sabe que o homem é idêntico ao Atman, que é o princípio de todas as coisas.
O Brâmane sabe que a morte do corpo, no estado de espírito cessa de ser um objeto de aflição; pelo contrário, é a libertação da alma, chamada a radiosos destinos.
Quando se morre, passa-se do não-ser ao ser, da obscuridade à luz.
Os princípios contidos nos Upanishads, e que fomos obrigados a resumir, mostra-nos um sistema filosófico mais completo.

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Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 29/07/2008
Alterado em 23/11/2010


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