Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

Textos

MAÇONARIA - 032 - ORIGENS INICIÁTICAS 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS
MAÇONARIA
ORIGENS INICIÁTICAS

1
CONSIDERAÇÕES INICIAIS


Com o grande número de instituições que praticam as iniciações através de dramas, nada melhor que analisarmos várias obras que nos levam a uma seqüência lógica das origens dos mistérios. Sendo uma das mais completas a de Durville, só assim poderemos então, conhecer na realidade de onde e como surgiram as iniciações, e onde foram buscados tais ensinamentos.    
Os sábios, desde tempos imemoriais nos deixaram um grande legado de conhecimentos.
Eles nos abriram as portas de mundos desconhecidos onde reina a verdade.
Souberam dirigir a direção da força energética que o conhecimento fornece, aos cumes onde nasce a luz.
Estes guias da evolução, com pensamentos que nos levam ao conhecimento, são os responsáveis por diversas etapas de evolução da nossa civilização. Fo-hi, Rama, Zaratrusta, Crisna, Moisés, Maomé, Buda, Confúcio, Lao-tsé, Hermes, Orfeu, Pitágoras, Platão, Jesus, deixaram ensinamentos necessários em várias épocas, em uma cadeia mística que nunca foi quebrada e que a humanidade ainda não entendeu.
Por diferentes caminhos sempre tentaram nos levar para a luz,  através de um sistema duplo de ensinamento: Exotérico e Esotérico.
O Exotérico é a teoria, para o povo sem condições de se conduzirem por si mesmos. Então temos, os mitos, os ritos e os símbolos, com a finalidade de ensinar veladamente.
Os ensinamentos exotéricos, ministrados pelos mestres, de formas acessíveis, por haver divergências inconciliáveis entre religiões e as iniciações, tiveram que se adaptar ao seu tempo, costumes da época e a diversidade de povos, com mentalidades diferentes.
O Esotérico é a prática, o segredo profundo,  destinado a poucos preparados para o conhecimento. Na realidade, é a iniciação na ciência. Todas as correntes iniciáticas, filosóficas e religiosas, possuem o seu ensinamento exotérico, exterior, que velam interpretações ocultas. Foi assim no Egito, na Índia, na Pérsia e na Grécia, é assim até hoje.
Como todas as religiões, o Cristianismo no seu início, possuía uma tradição iniciática, revelada por São João nas figuras misteriosas do Apocalipse,  hoje ela está abandonada.
Os ensinamentos esotéricos, com o fato de serem secretos, eram transmitidos oralmente para um pequeno grupo restrito,  muito se perdeu, ficando apenas uma pálida idéia que poucos foram capazes de compreender, não permitindo a sua difusão.
Fica cada vez mais evidente ao procurarmos o conhecimento, a semelhança de todos os ritos e religiões. Com o espírito livre e sem idéias preconcebidas, vemos as mesmas necessidades em cada raça e povo, não pode haver sectarismo. Quando conhecemos estas verdades, descobrimos que todas as religiões nos levam ao mesmo Deus. A religião é uma necessidade do homem, uma necessidade do espírito.
Com a falta de conhecimento criou-se o fetichismo, que resulta em um período onde reina a mais baixa e mais obscura magia, a feitiçaria mais negra, com o fetiche criam-se ídolos.
Com o conhecimento passa a se reconhecer a ação de um ser superior.
A mitologia é a personificação de todas as forças. As lendas contam para os iniciados, as idéias abstratas ou fenômenos cósmicos que a multidão não podia atingir. Sob o véu harmonioso da lenda, os padres, os sábios, os diretores espirituais, ocultam as verdades para a multidão. Surge o reino do politeísmo.
Somente os espíritos esclarecidos não acreditavam em muitos deuses, sabiam que havia apenas uma única lei consciente.
A idéia de Deus já estava presente nos homens das cavernas, ela veio ao mundo com a humanidade.
O iniciado não está submetido a mitos e ritos, ele possui outra concepção de Deus, pai e criador. Ele segue a senda da ciência, os véus que ocultavam e dissimulavam a idéia caíram. Ele aprende a admirar Deus diretamente, tudo que é intermediário é para ele, inútil.
O iniciado necessita da fé, não a fé cega da multidão, ela é consciente e baseada no conhecimento. Ele passa a conhecer a aliança que deve existir entre filosofia, ciência e religião. Ele as coloca em cada ângulo de um triângulo. A filosofia necessita da ciência e da religião; a ciência necessita da religião e da filosofia; a religião necessita da filosofia e da ciência, elas são inseparáveis. Ele sabe que a variedade de caminhos conduz para a mesma luz.
O iniciado não tem necessidade de um culto para notar a presença de Deus, a natureza lhe basta como Templo perfeito, ali ele percebe o que é divino.
Todas iniciações oferecem aos adeptos todos os meios para se aperfeiçoar.
A religião se dirige à multidão, pela doçura de seus ensinamentos, os centros iniciáticos revelam a verdade pura para poucos escolhidos.
As religiões e os centros iniciáticos têm o mesmo fim, por meios diferentes, ou seja, libertar o espírito da matéria para aproxima-lo de Deus.
O conhecimento das energias e forças misteriosas que estão em torno de nós e em nós mesmos, é o ensinamento esotérico a ser compreendido, que o iniciado deve operar e apressar para o reino do bem.
E se o caminho é penoso e árduo, todos os adeptos, devem se sustentar, formando um coração e uma alma, infelizmente isso não está sendo muito freqüente.
A Doutrina Esotérica tem uma existência que se perde nas noites dos tempos, em épocas longínquas. A China, nos trigramas de Fo-hi nos revela a primeira idéia da trindade; as Índias, mãe de todo o saber europeu; ao Egito que instruiu Pitágoras; à Judéia, que nos legou a Cabala; à Caldéia, com as ciências de observação; à Pérsia e à Grécia, que rivalizam para nos fazer os deuses sob as mais belas formas.
A Doutrina Esotérica, tem, em todos os tempos, feito parte do tesouro intelectual da humanidade.
O ensinamento esotérico é transmitido apenas através de palavras orais, e é reservado a um pequeno grupo. O que é escrito e divulgado nos meios de comunicação é destinado a cair em todas as mãos, não tem finalidade esotérica. Mas aqueles que puserem em prática os conselhos, certamente desenvolverão a intuição que lhe permitirão conhecer, em parte ao menos, tudo que não é permitido revelar.
Só com o aperfeiçoamento espiritual, é que poderemos deixar ao longo da jornada as nossas imperfeições, deixar de praticar a revolução que destrói e fazer a evolução que constrói.  
Os primeiros passos sobre a senda podem parecer penosos, mas a alegria é maior para aquele que avança com um passo mais seguro que a verdade esclarece e conduz à felicidade pelos caminhos da paz e da bondade.
Conhece-te a ti mesmo, não é sem causa que os antigos tinham feito deste conhecimento o primeiro estágio da sua iniciação.
Não é para si só que o iniciado recebe a luz. Recebe-a para difundi-la em torno de si. Ela não lhe pertence. Não sinta orgulho de saber o que vais adquirir. Espalhe a luz e sê feliz do bem que verás nascer.

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A SÉRIE ORIGENS INICIÁTICAS SE APOIA NA SEGUINTE BIBLIOGRAFIA.

BIBLIOGRAFIA
Durville, Henri - A Ciência Secreta -3ª Edição - 1950 - editora "O Pensamento Ltda".
Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 22/07/2008
Alterado em 23/11/2010


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