Pedro Neves

Maçonaria - Esoterismo - Simbolismo

Textos

MAÇONARIA - 117 - O MESTRE INTERIOR - NA CÂMARA
MAÇONARIA
117
O MESTRE INTERIOR – NA CÂMARA

Os ensinamentos maçônicos servem para despertar o poder adormecido em nosso ser, para fazer brilhar a luz interior do conhecimento que nos dará a sabedoria.
Para tanto, devemos entender que a palavra iniciação é proveniente da latina “INITIARE” de “initium”, ou seja, início ou começo, que é derivada de duas outras: “IN”, para dentro e “IRE”, “IR”, então, significa: ir para dentro ou penetrar no interior.
A iniciação nos mistérios, sempre é de cunho pessoal, ninguém pode fazê-la por nós, as experiências não passam de um ser a outro, os guias e mestres externos fazem parte do simbolismo e servem para orientar o caminho para a senda.
Só quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece, essa é a lei, o Mestre interior é que pode nos guiar pelos caminhos escabrosos por onde passam os temerários que ousam conhecer os mistérios.
A iniciação que se faz nos templos, é simbólica, a verdadeira iniciação é interna, e se dá no silêncio do grande além de dentro.
O corpo humano é o microcosmo, representação do universo, o macrocosmo. Como disse o três vezes poderoso, Hermes Trismegisto: “Assim como é em cima é embaixo”.
Como cada ser humano possui evolução diferente de um para outro, as religiões e as fraternidades iniciáticas dividiram o ensinamento em duas partes: exotérica (exterior) e esotérica (interior).
A maçonaria buscou o conhecimento em todas as épocas e povos, na China, Egito, Pérsia, Caldéia, Índia, Arábia, Grécia, etc.
A famosa “Pedra Filosofal” dos alquimistas é a “Pedra Bruta” do maçom, que deverá ser transmutada em “Pedra Cúbica”, a pedra de toque na construção do edifício moral e espiritual.
A simbologia maçônica surgiu da reunião de todo o conhecimento milenar antigo, é uma roupagem exotérica, para os profanos. A maçonaria propriamente dita é oculta e mística, e só e revelada a poucos iniciados, pois, muitos são os que passam pela iniciação, mas, poucos são realmente iniciados. É da lei, “muitos serão chamados e poucos serão os escolhidos”.
Quando compreendemos a diferença entre Corpo-Loja (exterior) e Templo (interior, o sagrado), é que poderemos despertar o nosso Mestre interior, para nos guiar na verdadeira iniciação sagrada, que é diferente da iniciação simbólica, profana.
Os sagrados mistérios e a verdade estão encerrados em nosso Templo interior, que é construído por “Pedras Cúbicas” ligadas pela argamassa mística das virtudes.
O nosso corpo, as pirâmides, o Templo de Salomão, as igrejas, são as miniaturas perfeitas do universo, seus construtores, com o conhecimento da perfeição construíram obras gigantescas.
São poucos, os que compreendem os mistérios e as leis universais. São estes, que conseguem penetrar em silêncio em sua câmara de reflexão interna (prova da terra), e como um grão de trigo enterrado no inverno (morte aparente), ressurge na primavera (renascimento), rompendo a casca que lhe envolve para ver a luz, a vida. Com o trigo se faz o pão (o corpo).
Nesta câmara temos a bilha de água (a vida) e a parte material (sal) e a espiritual (enxofre), representando a dualidade; devemos estar vigilantes (galo) e observar que o tempo passa (ampulheta) e a morte nos espera (crânio); então, preparamos o nosso testamento, que é diferente do testamento profano (preparação para a morte eterna); o nosso testamento representa os novos deveres após o renascimento (para com Deus, para consigo mesmo e para com seus semelhantes).
Após “Visitarmos o interior da terra e ficando de pé encontramos pedra oculta” a pedra de toque. Então, o Mestre interior, nosso guia, nos prepara para as viagens que deveremos empreender, somos despojados dos metais (qualidades inferiores), somos vendados para simbolizar o estado de ignorância ou cegueira dos nossos sentidos, o nosso coração deve estar desnudo dos preconceitos e ódios. Temos o pé descalço para nos mostrar que o caminho da senda nos levará a um solo sagrado; por uma corda (cordão umbilical) somos guiados ao Templo interior, com a finalidade de bater à sua porta e sermos autorizados a fazer as viagens em busca da verdade e da luz.
São poucos os vitoriosos nas terríveis provas iniciáticas, eles sabem usar as leis do, Saber, Ousar, Querer e Calar, se tornam os verdadeiros iniciados, os magos brancos, os detentores da luz sagrada, conseguem unir suas mentes ao Cósmico, tornam-se indispensáveis para qualquer instituição, para a evolução do espírito humano. “Conhecem a si mesmo”, tornam-se imortais.

Pedro Neves .’. M.’. I.’. 33.’. MRA
PRECEPTOR DA SUPREMA ORDEM CIVIL E MILITAR DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

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Pedro Neves
Enviado por Pedro Neves em 05/08/2012
Alterado em 19/06/2013


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